terça-feira, 25 de maio de 2010

União,amor e paz? Globalização Solidária

“Globalização solidária”, pedem responsáveis da Cáritas da América Latina


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Pastoral social se reúne em Lima


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LIMA, segunda-feira, 24 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Respondendo à convocação do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), reuniram-se em Lima, no Peru, entre os dias 10 e 12 de maio, 40 representantes da Pastoral Social Cáritas, provenientes de 19 países da América Latina e do Caribe. Seu objetivo era enfrentar o desafio de conceber novas maneiras de entender e fazer a ciência econômica, "partindo do princípio da justiça e da equidade, para que o bem comum possa ser uma realidade entre os nossos povos".

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Em suas conclusões, os representantes reconhecem que a sociedade em que vivemos está em "constante mudança", e que "surgem novos paradigmas que questionam os sistemas vigentes, exigindo respostas adequadas às profundas mudanças que experimentamos".

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Diante deste cenário, constatam que "as recentes crises energética, financeira, econômica, humanitária, climática e alimentar estão afetando gravemente a qualidade de vida de populações inteiras, submergindo milhões de pessoas na pobreza", o que torna "ainda mais evidente a crise dos valores subjacentes às sociedades".

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Segundo os representantes, o processo de globalização econômica "não conduziu aos resultados esperados".

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Diante desta realidade, citam o Documento de Aparecida, segundo o qual "são necessárias novas alternativas" para a "promoção de uma globalização diferente, marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos" (DA 64). 16:38 (3 minutos atrás) excluir []'EL LOCO'

Para a América Latina e o Caribe, faz-se necessária a criação de "estruturas que consolidem uma ordem social, econômica e política em que não haja iniquidade e na qual haja oportunidades para todos" (DA 384).



Uma das ações que deve ser levadas a cabo, afirmam, consiste em "reverter, em primeira instância, os efeitos do atual modelo econômico em vigência em nossos países, e, em segunda instância, a mudança do próprio modelo".



Nestas dinâmicas, identificam importantes oportunidades: "a tomada de consciência dos povos de serem agentes de mudança, o incremento das relações econômicas solidárias a partir das comunidades e para as comunidades, o trabalho em redes sociais e econômicas alternativas, o surgimento de novas lideranças sociais, experiências de diálogo e consenso para superar conflitos, a presença de ‘minorias proféticas' que vêm impulsionando formas de economia solidária, comércio justo e finanças populares".



"O enfoque de promoção do desenvolvimento humano integral ‘partindo do local' ajuda a diminuir as vulnerabilidades em face à integração ao mercado, o acesso ao crédito e à capacitação técnica e em gestão, enquanto favorece também o surgimento de organizações autogestionadas e cooperativas, criando modelos sociais baseados nas identidades locais", afirmam os responsáveis da Cáritas. 

Consideram ainda "um imperativo ético dar suporte aos princípios da doutrina social da Igreja da supremacia do trabalho sobre o capital, da destinação universal dos bens e da subsidiariedade, para impulsionar a construção de uma economia justa e solidária na região".

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Finalmente, os representantes assinalam a "premente necessidade de renovar e fortalecer a espiritualidade cristã daqueles que atuam a serviço dos pobres, para que esteja fundamentada no ouvir atento e na meditação profunda da Palavra de Deus, fonte primeira de energia, sabedoria e amor, e, assim, poder discernir os sinais dos tempos e criar novos imaginários que possibilitem viver a civilização do amor, sinal evidente do Reino de Deus entre nós".

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FONTE: http://www.zenit.org/

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