sexta-feira, 28 de maio de 2010

Natureza em fúria

Especialista em furacões dos EUA prevê ano "infernal"




(Reportagem de Tom Brown)

http://noticias. uol.com.br/ ultimas-noticias /reuters/ 2010/05/26/ especialista- em-furacoes- dos-eua-preve- ano-infernal. jhtm



FORT LAUDERDALE, Estados Unidos (Reuters) - Cresceu no mês passado a ameaça de que o Atlântico sofra mais furacões que o normal, e este promete ser um "ano infernal", disse um importante meteorologista norte-americano na quarta-feira.



William Gray, pioneiro na previsão de furacões e fundador de um respeitado centro de pesquisas da Universidade Estadual do Colorado (CSU), disse que sua universidade irá atualizar as previsões para a temporada de 2010 em um relatório a ser divulgado em 2 de junho.



"Os números vão ser bem altos", afirmou Gray em entrevista na Flórida, onde participa de uma conferência. "Parece ser um ano infernal."



Ele não quis especificar o número de tempestades que serão previstas no relatório. No último boletim, em 7 de abril, a CSU previa oito furacões, sendo quatro deles "grandes", ou seja, pelo menos na categoria 5 da escala Saffir-Simpson (ventos regulares de pelo menos 178 quilômetros por hora, com rajadas de até 250 quilômetros por hora).



O devastador furacão Katrina, de 2005, chegou apenas à categoria 3. Aquele ano, aliás, e se tornou o recordista em termos de tempestades tropicais quando da passagem do Wilma - 22a tempestade, sendo 13o furacão, e o 6o "grande furacão". Wilma chegou à categoria 5 e foi a quarta tempestade mais custosa na história dos EUA.



Na sua previsão de abril, a CSU estimava um total de 15 grandes tempestades tropicais (das que recebem nomes, com ventos de pelo menos 63 quilômetros por hora) no período de 1o de junho a 1o de dezembro, a temporada oficial das tempestades no Atlântico Norte.



Em média, ocorrem dez tempestades por temporada, sendo que seis delas se tornam furacões (ventos acima de 117 quilômetros por hora).



Gray e seu colega Phil Klotzbach, meteorologista da CSU, disseram à Reuters que os modelos meteorológicos têm mostrado uma recente mudança no padrão dos ventos e um aquecimento das águas do Atlântico tropical, fatores que reforçavam a probabilidade de muitas tempestades neste ano.



"Tudo está se configurando como uma temporada muito ativa", disse Gray.

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