sábado, 22 de maio de 2010

Mais soluções humanas?

A Europa, simpaticamente apelidado de velho continente, parece ter entrado num período de sérias decisões quanto ao seu futuro imediato. Na sequência da tão propalada crise, alguns países parecem ter caído num buraco tão fundo, financeira e economicamente falando, que somente uma gigantesca ação nunca vista de apoio mútuo parece ser apontada como a solução, misturada aos inevitáveis sacrifícios que são pedidos aos já mais carenciados cidadãos de cada uma das nações em aflição.





Por isso, os governantes têm-se multiplicado em sucessivas viagens e reuniões cujo objetivo é estancar o crescente pessimismo que se abateu, não sabemos ainda até que ponto, de pessoas, empresas e mercados financeiros. Enquanto eles parecem discutir como ajudar os mais debilitados estados, fica a sensação que de tudo o que se debate, o que lhes parece mais importante é, sempre, salvaguardar os interesses dos países mais poderosos.





Assim, essas tais decisões que estão a ser e ainda serão tomadas, terão em vista essa mesma prioridade. O que acontecerá aos mais pequenos países, será um efeito colateral; resta saber, se será bom ou... menos bom.





Seja como for, o que importa é que, mais uma vez, os homens correm de um lado para o outro em busca de uma solução que, logo à partida, sabemos que eles não têm. E porque é que sabemos? Bem, se tivessem, isso aconteceria pela primeira vez nos seis mil anos de história do homem!





É por isso que, quando ouço as notícias sobre decisões tomadas pelos governantes do mundo, ainda os jornalistas não começaram a enumerá-las, já sei que, lá no fundo, não vão resolver o problema. Podem até ser um contributo positivo; mas não conseguirão colocar este mundo em ordem, por muito que isso torne, ao contrário do que desejariam, em mero discurso inconsequente as habituais promessas pré-eleitorais.





O que acontecerá, então, a uma Europa onde a Grécia ameaça ficar a ferro e fogo? Onde uma potência como a Espanha conta com quase 20% de desempregados? Onde um peso-pesado como o Reino Unido se debate com uma coligação governamental altamente frágil?





No meio de estratégicos jogos políticos que decidem o dia a dia de milhões de cidadãos, o essencial mantém-se inalterável: os homens não encontram soluções duradouras e definitivas. E nunca encontrarão.

Fonte - http://www.tempofinal.blogspot.com/

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