quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cientistas alertam para risco de epidemia global com" super bactéria"


Um novo tipo de bactéria resistente aos antibióticos mais poderosos pode gerar uma epidemia mundial, segundo estudo divulgado esta semana na publicação científica Lancet.
Essas bactérias contêm um gene chamado NDM-1, que as torna resistentes a antibióticos, entre eles os chamados de carbapenemas. Isso é preocupante porque os carbapenemas são geralmente usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.
Os cientistas acreditam que esse gene, encontrado hoje principalmente na bactéria E.coli (que causa infecções urinárias), possa ser rapidamente reproduzido em outras bactérias.
Se isso acontecer, algumas infecções perigosas poderiam se espalhar, com poucas possibilidades de tratamento.

Índia e Paquistão

Cientistas no Reino Unido acreditam que essas "superbactérias", que infectaram apenas 50 pessoas no país até agora, foram trazidas por pacientes que fizeram viagens à Índia e ao Paquistão.
Segundo o estudo publicado na Lancet, uma epidemia global de NDM-1 é "possível e assustadora".
A pesquisa foi feita por cientistas da universidade de Cardiff, no País de Gales, e da Agência de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha (HPA, na sigla em inglês), em colaboração com pesquisadores internacionais.
Eles analisaram casos do NDM-1 até o ano de 2009 em diversos hospitais britânicos. Pelo menos 17 de 37 pacientes haviam viajado para Índia ou Paquistão no ano passado.
O Ministério da Saúde britânico já emitiu um alerta para que hospitais do país fiquem atentos a casos de infecção com essas bactérias.

'Assustadora'

Até agora, a maior parte das infecções com micróbios com o gene NDM-1 são passíveis de tratamento. No entanto, pelo menos um tipo de infecção por NDM-1 estudado pelos cientistas até agora é resistente a todos os tipos de antibióticos disponíveis.
Infecções deste tipo já foram registradas nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Holanda.
Para impedir que a NDM-1 se espalhe, os cientistas recomendam que se identifique e isole rapidamente pacientes diagnosticados com infecções do tipo.
Medidas normais para tratamento de infecções, como desinfetar equipamentos de hospitais e boa higiene por parte de médicos e enfermeiras  podem ajudar a impedir que as bactérias se espalhem.

FONTE - BBC

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