quarta-feira, 11 de agosto de 2010

China segue buscas por vítimas dos deslisamentos

Os soldados do Exército Popular de Libertação (EPL) da região militar de Lanzhou e a polícia armada integram as equipes que procuram nesta segunda-feira por sobreviventes nas montanhas de lodo formadas pelos deslizamentos de terra que soterraram 137 pessoas e deixaram 1.348 desaparecidos na província noroeste chinesa de Gansu.
Os dados foram atualizados às 16h07 no horário local (5h07 de Brasília), de acordo com o escritório provincial de assuntos civis.
Durante a madrugada, uma grande avalanche de lodo e pedras arrasou o distrito de Zhouqu, situado na Prefeitura autônoma tibetana de Gannan, deixando 117 feridos.
Zhouqu foi um dos distritos mais afetados no terremoto que sacudiu em 2008 a vizinha província de Sichuan e tem 130 mil habitantes de etnia tibetana, camponeses e pastores.
Como disseram nesta segunda-feira à rede de televisão CFTV analistas do Ministério da Terra e Recursos, a configuração do terreno pode ter contribuído para o desastre, porque muitas rochas que se deslocaram já tinham sofrido desprendimentos no terremoto de 8 graus na escala de Ritcher, que há dois anos matou 40 mil mortos e deixou 5 milhões de deslocados.
Para evacuar a água acumulada, analistas militares em explosivos dinamitaram o dique formado por escombros e barro que bloqueava o rio Bailong, disse à agência oficial Xinhua um porta-voz do escritório de ajuda em caso de desastres.
Posteriormente, agentes da polícia armada retiraram com escavadeiras os escombros, embora tenham feito com precaução porque entre as montanhas pode haver sobreviventes.
Depois, os soldados drenaram com sucesso com outras duas explosões o lago formado após a enchente, afirmou um alto comandante da região militar de Lanzhou.
O bloqueio do curso superior do rio criou um lago que transbordou inundando a metade da cabeceira municipal do distrito, arrancando várias casas de seus alicerces. Zhouqu fica no vale do rio Bailong, em uma área muito montanhosa do sudeste do planalto tibetano.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, esteve ontem na região, sob instruções do presidente, Hu Jintao, para que as equipes de resgate utilizem todos os seus meios para localizar sobreviventes entre o barro e os escombros.
Os meios oficiais destacaram hoje a mobilização de organizações governamentais e de caridade chinesas com o envio de mais de 3 mil tendas de campanha, 1,3 mil cobertores, 16.370 caixas com garrafas de água, macarrões instantâneos, biscoitos e outros artigos.
Anunciaram também a chegada à região de 200 geradores de eletricidade, 100 mil velas e 10 mil lanternas enquanto o Ministério de Assuntos Civis enviou hoje mais tendas, cobertores, camas e sacos de dormir.
Segundo as autoridades meteorológicas locais, as chuvas na região serão moderadas até amanhã.
EFE
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 Notícia recebida em 10/08/2010

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